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E.P “The Journey” e histórias celtas... Parte 2

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·QUINTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2018

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O EP “The Journey” contém 4 faixas produzidas e arranjadas pelo AWEN com canções de histórias surpreendentes. Fora gravado em Belo Horizonte, no estúdio Solar sob a direção, gravação e mixagem de Luiz Enrique.

O duo procurou conhecer sobre a história dos celtas, o sentido da palavra jornada e principalmente identificar-se com as histórias contadas pelas canções. Neste EP, as canções escolhidas estão no idioma inglês e também em gaélico irlandês. Aqui, serão mostradas, uma a uma, em cada nota.

1 - A primeira canção deste EP foi - Penelope’s Song - composta por Loreena Mckennitt.

Loreena Mckennitt é compositora, harpista, pianista, acordeonista e uma das maiores referências musicais para o AWEN. Através de suas viagens, na trilha dos celtas, ela compôs e compõe suas canções. A viagem e os celtas são suas maiores inspirações. Esta canção, com o título traduzido para o português - “A canção de Penélope” - foi gravada primeiramente no ano de 2006 no álbum “An Ancient Muse” e possui uma história interessante.

No poema épico de Homero, The Odyssey, Penélope era a fiel esposa de Odisseu, rei da antiga cidade de Ítaca. Pouco depois que seu filho Telemachus nasceu, Odisseu saiu para lutar contra a Guerra de Tróia e esta escolha o manteve longe por vinte anos. Esta era uma situação muito comum às mulheres daquela época. Com o marido ausente durante tanto tempo, muitas mulheres teriam cedido à tentação de ter outros companheiros, pois devido a demora da volta, eles eram presumidos mortos, se não na própria guerra ou perdiam-se pelo mar. Mas esse pensamento não ocorria à Penélope! Quando finalmente o marido voltou, ele ficou disfarçado como um mendigo idoso e descobriu - sem dúvida para o seu deleite - que ela permanecera fiel durante todos esses anos. Em inglês, a palavra odisseia tornou-se sinônimo de uma “jornada épica” (muitas das histórias celtas são jornadas) ; O nome de Penélope tornou-se sinônimo de “mulher fiel”.

Loreena McKennitt é tanto um estudiosa dos livros clássicos como uma musicista e a canção "Penelope's Song" foi composta em uma visita à ilha grega de Chios, na Grécia onde a própria Loreena traduziu seus sentimentos: "... queria criar uma música da perspectiva dos indivíduos que ficaram para trás. Essa é uma história que certamente é universal em seu tema pois quando penso nas histórias dos irlandeses e o tempo durante a fome; quando houveram pessoas que emigraram para, digamos, o Canadá ou os Estados Unidos sobre esses horríveis navios de caixão. E que havia famílias que também foram deixadas para trás e seus entes queridos iriam para o Novo mundo. E não podemos deixar de pensar neles pois houveram pessoas que deixaram seus entes queridos para todos os tipos de circunstâncias. E a dor de vê-los sair e não saber se eles um dia voltarão. Então eu queria criar uma música que capturasse alguma essência desse sentimento, de esperar que seus entes queridos retornassem ". © 2006, Quinlan Road Ltd.

Aqui está uma tradução livre da letra da música “Penelope’s Song” interpretada pelo AWEN, em seu primeiro E.P “The Journey”

 

A Canção de Penélope

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Agora que chegou a hora /Logo já terá ido o dia

Lá em uma costa distante / Você vai me ouvir dizer

Longo como um dia no verão / Tão profundo como o mar “vinho-escuro”

Eu guardarei o seu coração junto ao meu / Até que você possa voltar para mim

Como um pássaro, eu voaria / Alto pelo ar

Alcançando os raios cheios do sol / Somente para encontrá-lo lá

E na noite enquanto os sonhos permanecem / Ou quando o vento chama livremente

Eu guardarei o seu coração junto ao meu / Até que você possa voltar para mim

 

Mais histórias... na próxima nota...

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#AWEN #CelticSongs #CelticMusic #MúsicaCelta #CançõesCeltas

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Por Helen Isolani

E.P “The Journey”e histórias celtas... Parte 3

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·QUINTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2018

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A segunda canção, interpretada pelo AWEN no E.P “The Journey” é Tippin’ It Up To Nancy - uma canção tradicional irlandesa e foi arranjada para o instrumento “Bodhrán” e para voz.

Esta canção foi gravada por vários artistas e dentre eles, talvez o mais famoso, o cantor Christy Moore. Esta canção é considerada uma “Irish Drinking Song” ou seja uma canção para se cantar nos pubs, bares no final de uma “session”. Mas... O que é uma “session”?

Session é o encontro informal ou reunião de músicos em um pub (bar) para a prática de músicas tradicionais, ou seja, Tunes. Tunes são temas musicais e cada país de origem celta tem sua session. Tanto na Escócia, como na Irlanda como em Gales ou Inglaterra mas cada um tem sua particularidade de session dentro de sua cultura. As sessions podem ser de música instrumental, músicas cantadas ou mistas, ou seja, em uma mesma session podem acontecer canções e músicas instrumentais. Aqui no Brasil, esta prática das sessions assemelha-se muito a nossa “Roda de choro”onde todos estão em volta de uma mesa de bar, fazendo música de forma despretensiosa e alegre.

Tippin’ It Up To Nancy é uma das canções cantadas no final das sessions pelo seu caráter humorístico e pela sua história. Segue abaixo a tradução da canção:

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Canção para Nancy:

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Oh, existe uma mulher em nossa cidade, uma mulher que você deveria conhecer bem / Ela amou muito seu marido e outro homem duas vezes mais

Ela foi até a farmácia para comprar remédios , “Você tem alguma coisa nesta farmácia para tornar meu velho homem cego?”

"Dê-lhe ovos e “marrowbones” e fazê-lo chupar todos eles, / Antes que ele tenha sugado o último, ele não vai enxergar nada ".

Ela lhe deu ovos e marrowbones e o fez chupar todos eles, Antes que ele tivesse sugado o último , ele não podia vê-la.

Se neste mundo não posso ver, aqui não posso ficar. / Eu me afogaria; "Vamos", diz ela, "e eu vou te mostrar o caminho."

Ela o levou até o rio, ela o levou até a borda. / Mas com bastante satisfação de Martin, foi ele quem a empurrou.

Ela nadou pelo rio, nadou pela salmoura / "Oh, Martin, querido Martin. Não me deixe para trás. "

 

A jornada continua... na próxima nota...

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#IrishMusic #AWEN #Sessions #CelticSongs #MúsicaCelta #IrishDrinkingSongs #Tunes #TradicionalIrishMusic #IrishSessions #IrishMusic

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​Por Helen Isolani

E.P “The Journey”e histórias celtas... Parte 4

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·QUARTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2018

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O E.P “The Journey” contém 4 faixas produzidas e arranjadas pelo AWEN com canções de histórias surpreendentes. Fora gravado em Belo Horizonte, no estúdio Solar sob a direção, gravação e mixagem de Luiz Enrique.

O duo procurou conhecer sobre a história dos celtas, o sentido da palavra jornada e principalmente identificar-se com as histórias contadas pelas canções. Neste EP, as canções escolhidas estão no idioma inglês e também em gaélico irlandês.

O E.P também tem arranjos diversificados mostrando um pouco do ecletismo e das possibilidades instrumentais do duo. Mesmo que as intérpretes sejam um DUO, as canções variam estilisticamente, na interpretação e também na instrumentação.

A musicista Carolina Valverde toca percussão, em especial o Bodhrán - que é um instrumento tipicamente usado nas músicas celtas - saxofone (tanto o saxofone alto em MIb como o saxofone soprano em SIb) e também faz “backing vocals” ou seja uma segunda voz para harmonizar com a voz principal assinando também as composições das músicas autorais.

A musicista Helen Isolani é a “Lead Singer” ou seja é encarregada da voz principal ( soprano) e também a pianista do Duo assinando os arranjos das canções.

A faixa de número 3 do E.P “The Journey” é a canção - “Mo Ghile Mear”(My Gallant Darling) - Uma canção com arranjo de Helen Isolani para vozes a capela ou seja, execução de vozes sem acompanhamento instrumental.

"Mo Ghile Mear" (My Gallant Darling) é uma canção irlandesa, escrita em gaélico irlandês por Seán Clárach Mac Domhnaill no século XVIII. Esta canção representa um lamento da deusa gaélica Éire por Bonnie Prince Charlie, que estava então no exílio. Neste poema o poeta personifica Éire / Irlanda, o próprio país, como uma mulher que já foi uma bela donzela e é agora uma viúva. Seu marido, o "Garoto Galante", “o herói” não está morto, mas está longe. Como consequência, a terra está falhando e a própria natureza está em declínio.

Esta canção foi gravada por vários artistas como: The Chieftains, Órla Fallon, Mary Black, Celtic Woman, Susan Mcfedan, Paul Brady, Anúna, Karen Matheson, entre outros...

'Se/ mo laoch, mo Ghile Mear 'Se/ mo Chaesar Gile Mear Suan na/ se/an ni/ bhfuaireas fe/in O/ chuaigh i gce/in mo Ghile Mear

Ele é meu herói, meu fogoso amor Ele é o meu césar, fogoso amor Descanço e prazer eu não tive Desde que ele foi pra longe, meu amor

Continua...

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#Awen #TheJourney #EPTheJourney

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Por Helen Isolani

E.P “The Journey”e histórias celtas... Parte 5

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·DOMINGO, 8 DE ABRIL DE 2018

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O E.P “The Journey” contém 4 faixas produzidas e arranjadas pelo AWEN com canções de histórias surpreendentes. Fora gravado em Belo Horizonte, no estúdio Solar sob a direção, gravação e mixagem de Luiz Enrique.

Neste primeiro trabalho do AWEN, o Duo buscou inspiração nas histórias celtas, identificar-se com estas histórias, encontrar uma sonoridade característica e também conhecer sobre os estilos e nuances que a música celta oferece. O E.P “The Journey”foi composto por 4 faixas onde diversificou-se os arranjos instrumentais.

A primeira canção “Penelope’s Song”, composta por Loreena Mckennitt conta a história daqueles que partem e não se tem esperança de retorno. O arranjo desta canção é composto por piano, voz e saxofone soprano.

A segunda canção “Tipping It Up To Nancy” é uma canção tradicional irlandesa, cantada no final das sessions irlandesas - Irish Drinking Song - contando a história de Nancy que era conheciada em sua cidade. Era casada mas amava outro homem. Esta canção foi arranjada para Bodhrán e voz.

A terceira canção “Mo Ghile Mear” é uma canção tradicional irlandesa e representa um lamento da deusa gaélica Éire por Bonnie Prince Charlie, que estava no exílio. Esta canção foi arranjada para duas vozes a capela.

A quarta canção chamada “Shenandoah” é uma canção americana muito conhecida na Irlanda. Esta canção é uma “Sea song”, ou seja, uma canção do mar. Sabe-se também que a Irlanda e os Estados Unidos tem relações bilaterais envolvendo suas histórias que se baseiam em laços ancestrais comuns e valores compartilhados.

"Shenandoah- provavelmente se originou dos viajantes americanos ou canadenses, que eram grandes cantores... nos primórdios da América, os rios e os canais foram as rotas comerciais e de viajantes, e barqueiros eram uma classe importante. Shenandoah era um chefe índio célebre na história americana e várias cidades nos Estados Unidos receberem o seu nome como homenagem. Além de ser cantada no mar, esta canção esteve presente em coleções antigas de escolas públicas.” — Sea Songs and Shanties, Collected by W.B. Whall, Master Mariner(1910, Glasgow)

 

#AWEN #TheJourney

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​Por Helen Isolani

E.P “The Journey” e histórias celtas... Parte 1

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·QUINTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2018

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No verão do ano de 2015, o AWEN, duo composto pelas musicistas Helen Isolani e Carolina Valverde gravaram seu primeiro EP intitulado “The Journey”.

A palavra “Awen” é de origem galesa e significa “Inspiração”. A princípio, a proposta do duo sempre foi inspirar o público com a sua expressão artística escolhida e representada principalmente pela música celta. A “música celta” hoje é mostrada através de canções e músicas instrumentais tradicionais advindas dos países que tiveram a presença das tribos celtas em sua formação.

Os celtas eram tribos de origem indo-europeia, ou seja, eram um conjunto de povos ou um suposto grupo étnico da Europa e da Ásia que falavam línguas indo-europeias. É de notar que a classificação como indo-europeu refere-se a matérias linguísticas mas na atualidade as línguas destes povos são os idiomas mais falados pelo mundo, sendo que de onze idiomas com maior número de falantes, oito são indo-europeias: espanhol, inglês, hindi, português, bengali, russo, punjabi e alemão. Os povos da Europa, América, Índia e Oceania têm origens indo-europeias.

As características culturais dos indo-europeus marcaram profundamente os povos com que mantiveram contato. Estes povos já tinham domesticado os cavalos e os utilizavam juntamente com carros para a guerra ou para o transporte. Além disso, são considerados os inventores do arco, da cerâmica e de machados de combate feitos com cobre ou pedra. A sociedade dos indo-europeus apresentava caráter patriarcal e seu modo de sustento provinha da pecuária e da agricultura.

Ao longo dos séculos, no período denominado pelos historiadores como Civilização Pré-Clássica, os indo-europeus foram povos de caráter migratório (nômades) e de intensa atividade bélica, instalando-se e influenciando povos por onde passaram. São considerados, por exemplo, como base formadora de grupos da Grécia como os Jônios, os Eólios (na música temos os “modos gregos”, ou seja, modos escalares advindos destes povos) e os Aqueus. Em sua passagem pela Mesopotâmia, influenciaram a formação dos Babilônios e dos Sumérios. No que se refere à região ocidental da Europa, foram responsáveis pela formação dos povos celtas. Podemos citar aqui alguns dos principais países que possuem herança celta como França, Espanha, Portugal, Irlanda, País de Gales, Escócia, Inglaterra.

Mas desde a pesquisa histórica, musicológica e escolha de repertório percebeu-se o quanto deveria aprender-se com as tradições nas quais as músicas escolhidas estão inseridas, com os mitos e as sonoridades envolvidas. Por isso, o duo escolheu o nome para este primeiro EP - “The Journey” - uma expressão no idioma inglês que, em uma tradução livre para o português significa “A Jornada” - como expressão representante desta imersão além da jornada musical que a própria música celta proporciona.

“The Journey” traduz, além de incríveis descobertas musicais, o início de uma longa caminhada como duo levando a música celta ao público. Sabe-se que a história dos celtas é multifacetada, cheias de heróis e lendas pois eram tribos que viveram pela Europa na “Idade do Ferro” onde a predominância da figura do guerreiro era facilmente encontrada pois o mundo era pautado em valores como honra, conquista e glória quando o melhor guerreiro, o mais valoroso e bem sucedido, teria seus feitos cantados em verso e prosa pelos poetas e bardos ganhando, assim, a eternidade. Estamos falando de uma sociedade que valorizava o real sentido da palavra “jornada” onde a vivência, o conhecimento e as experiências eram os maiores tesouros a serem compartilhados principalmente numa época anterior à escrita em que os feitos eram transmitidos através da oralidade passando de geração à geração.

Esta jornada continua... nas próximas notas...

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#Awen #TheJourney #CelticSongs #TheCeltics #MúsicaCelta #CançõesCeltas

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Por Helen Isolani

Emerald - Uma Jornada - Parte 1

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·DOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2018

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A Irlanda é também conhecida como "Ilha Esmeralda". Sua paisagem é encantadora, inspiradora e mística. Esta terra vasta onde abriga heróis, lutas e muito mistério.

A Irlanda é a terra do consagrado herói "Cú Chulainn" que aparece nas histórias do Ciclo de Ulster, bem como no folclore escocês e da Ilha de Man. Acredita-se que ele seja uma encarnação do deus Lug, que também é seu pai. Sua mãe é a mortal Deichtine.

A imagem deste herói é considerada tanto por nacionalistas irlandeses quanto por unionistas do Ulster, em murais, poesia, literatura e outras formas de arte. Os nacionalistas irlandeses o vêem como o mais importante herói céltico irlandês e, por conseguinte, como o mais importante de toda a sua cultura.

No show "Journey to Emerald" o Awen faz uma homenagem a este herói com uma música instrumental ( saxofone soprano e cordas) de Bill Whellan. A música originalmente foi escrita para a gaita de fole irlandesa mas o Awen mostra versatilidade na interpretação da música através do saxofone soprano de Carolina Valverde.

A Irlanda também é uma terra fértil em poesia. É a terra natal do poeta William Butler Yeats, muitas vezes apenas designado por "W.B.Yeats" e pode-se mostrar aqui um dos poemas preferidos do Awen. Este poema é também declamado no show "Jorney to Emerald":

 

"Fossem meus os tecidos bordados dos céus,

Ornamentados com luz dourada e prateada,

Os azuis, negros e pálidos tecidos

Da noite, da luz e da meia-luz,

Os estenderia sob os teus pés.

Mas como tenho apenas os meus sonhos,

Estendê-lo-ei para que possas caminhar...

Então, caminhe suavemente,

Pois caminhas sobre os meus sonhos."

William Butler Yeats, 1865 - 1939

Yeats é inspiração para o Awen pois além de ser um poeta significativo na história da literatura irlandesa como também suas poesias inspiraram canções de compositores referência para o Awen como a canção "Stolen Child" de Loreena Mckennitt interpretada também pelo Awen.

Nossa viagem continua...

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#AWEN #JourneyToEmerald

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​Por Helen Isolani

Journey to Emerald - Immram

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AWEN - "MÚSICA INSPIRADA NA CULTURA CELTA"·DOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2018

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A palavra "Jornada" tem um significado muito especial para a cultura Irlandesa. Podemos entender um pouco mais destes significados se conhecermos a essência da palavra "Immram".

Um immram (immrama, no plural) pertence a uma classe de contos da antiga literatura irlandesa que trata da jornada de um herói pelo mar para o Outro Mundo (ver Tír na nÓg e Mag Mell).

Escritos na era cristã e de aspecto essencialmente cristão, preservam elementos da mitologia irlandesa. "Immram" é geralmente traduzido como "viagem". Na moderna ortografia irlandesa, a palavra correspondente é iomramh.

Listas medievais relacionam sete immrama, três das quais sobreviveram: a Viagem de Mael Dúin, a Viagem do Uí Chorra e a Viagem de Snedgus e Mac Riagla.

A Viagem de Bran é classificada nestas mesmas listas como uma echtra ou "aventura", embora também contenha os elementos essenciais das immrama. A Viagem de São Brandão latina poderia também ser chamada de immram.

As immrama são identificáveis por seu foco nas proezas dos heróis durante sua busca pelo Outro Mundo, localizado, nestes casos, em ilhas distantes a oeste da Irlanda. O herói começa sua viagem por amor à aventura ou para cumprir seu destino, e geralmente chega a outras ilhas fantásticas antes de alcançar seu objetivo. Ele pode ou não ser capaz de voltar para casa novamente.

"A vida é o que fazemos dela.

As viagens são os viajantes.

O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos." Fernando Pessoa.

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#JourneyToEmerald

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​​Por Helen Isolani

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